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UMA VISITA À ILHA GRANDE – RIO DE JANEIRO – JUNHO DE 2017

No dia 25 de junho de 2017 , partimos Cledson Barboza , Maurício Verboonen e eu, no rumo da Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro,...

sábado, 30 de janeiro de 2016

URUBICI, SANTA CATARINA: CACHOEIRA DA NEVE E FLORESTAS DE XAXINS – Dezembro de 2015

Subindo a Serra do Corvo Branco (ver postagem anterior), adentramos o Planalto da Serra Geral, em Santa Catarina, onde está situada a região serrana de Urubici, uma das mais frias de nosso território. Urubici está situada a mais de 900m sobre o nível do mar. A cidade está encravada num vale agradável, espremido entre montanhas que nada mais são do que remanescentes do velho planalto basáltico da Formação Serra Geral, que foram escavados e erodidos, ao longo de milênios. O Parque Nacional de São Joaquim protege grande parte destes morros, que se elevam a mais de 1.300m e são abrigo para alguns dos últimos ecossistemas realmente preservados de araucárias e campos de cima da serra.

Em nosso livro – Fitogeografia do Brasil, Uma Atualização de Bases e Conceitos (NAU Editora, 2015), tratamos exaustivamente dessas duas paisagens contrastantes (campos de cima da serra geral e florestas de araucária), mostrando o embate entre as duas, ao longo dos últimos dois milhões de anos do Quaternário. Em Urubici, nossa meta era visitar remanescentes de florestas subtropicais de altitude, que se entremeiam às matas mistas de araucária e, em nosso ver, representam comunidades singulares e distintas daquilo que se convencionou chamar de floresta mista de araucárias. Esta última, na verdade, contém a floresta subtropical, embaixo de si, mas que poderá ser encontrada sozinha, nos vales enfurnados, onde a araucária não consegue penetrar.

Mas, vamos às imagens e, ao longo de nosso passeio, realizado em 18 de dezembro de 2015, poderemos apontar alguns aspectos dessas matas escuras e permanentemente úmidas, que fomos encontrar, admiravelmente bem conservadas, na Cachoeira da Neve, em Urubici:

Abaixo – A Cachoeira da Neve está preservada numa reserva particular e recebe este nome por causa de um curioso fenômeno, que é a formação de neve, no salto principal, em dias perfeitamente claros, quando ela não é observada em outros locais


Este curioso fenômeno, que pudemos observar em fotografias a nós exibidas pelo Sr. Hélio, proprietário da reserva, é na verdade devido à fina pulverização das águas do primeiro salto (foto acima), que resulta na cristalização das gotículas microscópicas, em forma similar à da neve. Ocorre em temperaturas próximas do zero, fazendo a “neve”acumular, na base do salto

A Seguir – Na Reserva da Cachoeira da Neve, situada em altitude média de 1.200m, encontram-se algumas das florestas subtropicais de altitude mais bem conservadas que já observáramos. Seus aspectos paisagísticos podem ser ali esplendidamente bem observados, assim como sua flora. O pinheiro-do-paraná ou araucária (Araucaria angustifolia – família Araucariaceae) praticamente não está presente, dentro dos vales, onde não consegue se propagar, por ser planta que prefere a luz intensa do alto dos planaltos.


o samambaiaçu-xaxim (Dicksonia sellowiana - família Dycksoniaceae) é um dos elementos mais marcantes dessas florestas e, em determinados trechos, forma populações quase homogêneas, com exemplares de magna altura - até sete metros







Acima – O chamado Primeiro Salto é a Cachoeira da Neve e seu perfil exibe, de forma clara, a superposição da espessa camada de basalto, por cima dos velhos arenitos (rochas sedimentares). Até cerca de meia altura, o visitante pode contemplar o arenito avermelhado e poroso, enquanto a parte mais alta do salto é formada pelo basalto escuro e coeso.
Abaixo – O segundo salto da Cachoeira da Neve está situado poucos metros acima do primeiro e, na verdade, é formado por outro curso d’água, que se une ao primeiro, algumas dezenas de metros abaixo. Percebe-se ser ele integralmente formado no basalto. Acima dele, avistam-se araucárias, que dominam o planalto, onde são senhores da paisagem


Abaixo - Sapo do gênero Bufo, na escuridão úmida da mata subtropical



Acima – A orquídea Baptistonia venusta (= Oncidium trulliferum) era uma das poucas plantas da família em flores, nesta época do ano


A Seguir – As begônias (Begonia spp. – família Begoniaceae) são de grande importância florística, dentre as plantas epifíticas da floresta subtropical de altitude, brindando-nos ora com flores atraentes, ora com folhas vistosas e coloridas




Abaixo – Linda cortina de comelináceas (provavelmente uma forma de Tradescantia cf. fluminensis) pendentes de um galho, que, por sua vez, encontrava-se repleto de bromélias Billbergia nutans, que abunda na floresta da Cachoeira da Neve


Acima – Rochas que jazem sobre o solo, produzidas por velhas rupturas das escarpas, que produziram os saltos da Cachoeira da Neve, são revestidas de bromélias Billbergia nutans, planta cujas flores são delicadamente pendentes e prometem belos espetáculos, durante a fase reprodutiva



Acima – O autor do Blog – Orlando Graeff – examina as imensas folhas da Gunnera manicata (família Gunneraceae), num dos poucos exemplares encontrados ao nível do solo. Geralmente, ocorrem encarapitadas nas frestas da rocha, como na foto a seguir, na escarpa da Cachoeira da Neve


A Seguir – A Cascata do Avencal é outro admirável salto, situado poucos quilômetros de Urubici, pela estrada para São Joaquim. Nas escarpas íngremes, podem ser contempladas intocáveis plantas, como milhares de bromélias Tillandsia streptocarpa e alguns cactos esféricos do gênero Parodia, chamados de tunas, que são característicos dos aparados da Serra geral






sábado, 23 de janeiro de 2016

SERRA DO CORVO BRANCO – SANTA CATARINA – Dezembro de 2015

No dia 16 de dezembro, após longo percurso acompanhando a linha de costa do Brasil Sul (ver postagens anteriores), desde a Serra do Mar, entre São Paulo e Rio de Janeiro, deixamos para trás as florestas tropicais litorâneas, em sua transição para os domínios subtropicais. Embicamos para os majestosos aparados da Serra Geral, que acompanham de longe a costa catarinense, tendo como objetivo subi-los pela lendária Serra do Corvo Branco, que tem acesso pela localidade de Grão Pará.

A Serra do Corvo branco seria minha quinta transeção desses aparados da Serra Geral, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As dificuldades para sua ascensão são largamente decantadas, atribuindo-lhe perigos inimagináveis, que de todo não pudemos contestar, pois que realmente se trata de um desafio pouco aconselhável àqueles que não tolerem alturas ou que não disponham de veículo apropriado, preferencialmente um 4 X 4.

A Serra Geral é o afloramento do mais extenso derrame basáltico do Planeta, tendo ocorrido pouco antes do início da separação entre a África e a América, mais de uma centena de milhões de anos atrás. Essa história é referida no livro Fitogeografia do Brasil (NAU Editora, 2015), de minha autoria, onde mostramos a distribuição histórica de diversas vegetações do Brasil, inclusive estas dos domínios subtropicais, que ora adentrávamos, através da Serra do Corvo Branco.

Ali, nessa estrada desafiadora, podem ser claramente percebidas as camadas sedimentares de arenito (mais antigas), comprimidas sob o espesso manto efusivo do basalto, que se sobrepõe à primeira e dá origem, lá no seu topo, a um dos conjuntos mais incríveis de paisagens botânicas do Brasil: os campos de cima da serra e a Araucarilândia, ou domínio dos pinheiros-brasileiros, para onde nos dirigíamos.

Aprecie conosco a subida da Serra do Corvo Branco:

Abaixo – A Serra do Corvo Branco é uma estradinha desafiadora. Com pouco mais de quatro quilômetros, no trecho da travessia dos aparados da Serra Geral, ela descortina amplas paisagens, mas requer determinação e certa habilidade, para ser transposta, entre paredões e caracóis de curvas fechadas



A Seguir – A Serra Geral é acompanhada, em sua base, desde Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, por um tipo de floresta muito singular, que mistura elementos tropicais e subtropicais e compõe flora característica. Infelizmente, poucos trechos destas matas ainda se conservam intactos, sendo o sopé da Serra do Corvo Branco marcado pelo embate entre elas e o homem



Acima – Plantios de pinheiro-americano avançam sobre a Serra Geral, por cima e por baixo. Nos campos de cima da serra, ocupam pradarias e as condenam à extinção. No sopé da Serra do Corvo Branco, empurram a floresta de transição subtropical aos limites das fraldas dos paredões



 Acima – A linda orquídea Coppensia flexuosa (= Oncidium flexuosum), muito conhecida em cultivo como chuva-de-ouro ou bailarina, é bastante numerosa nessas florestas que acompanham a Serra Geral. Podem ser observadas em flores, nesta época do ano (primavera e verão), desde os galhos das árvores silvestres, até nos jardins das residências, como esta, à margem da estradinha de Grão Pará à Serra do Corvo Branco



Abaixo – Antigas árvores, deixadas para trás pela devastação das florestas da baixada de Santa Catarina, exibem testemunhos de sua riquíssima flora epifítica. Bromélias como Vriesea flammea abundam nesses refúgios – Abaixo a seguir (detalhe)




A Seguir – Alguns aspectos da subida entre os paredões íngremes da Serra do Corvo Branco




Acima – Lascas e blocos de pedra, principalmente de arenito, que é menos coeso que o basalto, despencam sobre o leito precário da estradinha e constituem ameaça séria aos motoristas
Acima – Um automóvel pequeno, que passou por nós, seguindo para Grão Pará, atravessa uma das mais perigosas passagens da Serra do Corvo Branco: acima dele, imenso bloco de arenito espera a oportunidade de desabar sobre a estrada; enquanto o abismo se esconde na macega, encosta abaixo; profundas fendas e blocos desmoronados obrigaram o motorista a saltar e afastar alguns deles e permitir a sua passagem. Abaixo – Vista geral do temível trecho




Acima – Vista de trecho bem elevado da Serra do Corvo Branco, sendo especialmente visível a população das belas plantas de Gunnera manicata (família Gunneraceae), com suas imensas folhas lobadas


Adiante – Aspectos da flora dos paredões de pedra da Serra do Corvo Branco


Acima – Populações de bromélias que se agarram à rocha íngreme. Em sua maioria, são plantas que se adaptaram ao habitat, mas ocorrem também nas florestas de altitude, logo acima das escarpas: Vriesea platynema (inflorescências arqueadas) e Vriesea reitzii (inflorescências eretas, com escapo encarnado e brácteas amarelo-ouro) e Aechmea caudata. Orquídeas também abundam e se agarram diretamente à rocha.

AbaixoVriesea reitzii se adapta curiosamente ao habitat crítico da rocha, assumindo forma endurecida e exibindo escapos florais curtos, fazendo crer se tratar de espécie distinta


AbaixoDyckia cf. reitzii é uma bromeliácea de rosetas densamente espinhentas e perfeitamente adaptada ao habitat rupícola (sobre rochas), sendo elemento característico e exclusivo da longa série de afloramentos de basalto, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Especialistas lhe atribuem variações genéticas complexas, ao longo desse extenso habitat, o que mostra um pouco da história natural dos aparados da Serra Geral


O nome Serra do Corvo Branco parece ter se originado da interpretação equivocada de alguns urubus-rei (que são aves raras e brancas), que habitariam o local. Não observamos a linda ave, que parece ter se retirado para longe. Mas, flagramos um urubu-caçador, que nidificava no topo de uma soberba coluna de basalto – Abaixo


Abaixo – Para viabilizar a travessia final do Planalto da Serra Geral, os engenheiros se obrigaram a executar-lhe um magnífico corte, com cerca de 90m de altura, em seu trecho final





Acima – A floresta subtropical e as matas de araucária se entremeiam na crista do planalto e seriam nosso próximo objetivo, em Urubici, no alto Vale do rio Canoas, na Serra Catarinense

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

COSTEIRA DE ZIMBROS, BOMBINHAS – dezembro de 2015

Em 15 de dezembro de 2015, realizamos uma excursão pela Costeira de Zimbros, no município de Bombinhas, em Santa Catarina, para conhecer um dos trechos mais conservados de ecossistemas de floresta atlântica de encosta marítima do litoral deste estado. Essa área está situada entre a praia de Zimbros, ainda em Bombinhas, e o município de Tijucas, no qual se encontra inserida parte da trilha que utilizamos.

Eu conhecera esta região, ainda nos anos 1970, quando a buscava para desbravar novas praias, com outros surfistas, nos tempos em que toda ela era semisselvagem e conhecida sob a denominação geral de Porto Belo. Bombinhas, hoje sede de florescente município, não passava então de uma praia selvagem e deserta. Não nos seria possível fazer esta proveitosa excursão, se não tivéssemos sido guiados pela amiga Irany Ornellas, com quem dividira os bancos escolares, no Rio de Janeiro, e que atualmente reside em Bombinhas, sendo grande conhecedora de sua natureza e geografia.

A Costeira de Zimbros representa exemplo magnífico de costa recortada, na qual surgem lindas praias desertas e calmas, todas elas surpreendentemente bem conservadas. Oficialmente, está imune ao corte, por força da embrionária implantação de unidade de conservação. Porém, parece mesmo ter sido a resistência dos moradores e simpatizantes a razão maior para não ter sido ainda entregue aos empreendimentos imobiliários, que já transformaram irreversivelmente todo o litoral catarinense, nos últimos quarenta anos.

Nas imagens a seguir, pode ser apreciada a natureza da Costeira de Zimbros, através de nossas observações sobre sua geografia, suas plantas e suas paisagens:

A Seguir – Paisagens paradisíacas não faltam à Costeira de Zimbros, que é acessível através de uma trilha com mais de uma dezena de quilômetros, entre Bombinhas (Praia de Zimbros) e Tijucas. Sua característica mais marcante é a formação de costões em blocos arredondados de granito rosa, herdados de passado remoto frio e seco. Sobre eles, vegeta variada flora, tirando partido da luz, que a mata não lhe pode roubar






Acima – O regime de marés, gradualmente modificado, ao longo dos últimos vinte mil anos, pelo menos, originou lagunas encarceradas, entre o mar e as montanhas, de onde provém água doce. Na Praia da Lagoa, se oferece aos olhos exemplo perfeito deste tipo de feição geomorfológica, podendo ser vista a rocha, que aflora em determinados trechos, formando o embasamento que impermeabiliza o fundo e guarda represada a água pura dos rios, até ser levada ao mar.

AbaixoSophora tomentosa (família Fabaceae) é uma planta característica das barras arenosas que resguardam o reservatório natural da Praia da Lagoa. Suas flores amarelas e vagens características são muito decorativas e justificam porque a planta é utilizada em projetos jardinoculturais, em diversas partes do Sudeste, onde ela também ocorre



Acima - Sophora tomentosa fechando a barra da laguna da Praia da Lagoa

Adiante – Sobre os monumentais blocos de granito, surgem populações de plantas muito interessantes. O naturalista F. C. Hoehne já havia observado essas plantas, quando percorreu a região, na primeira metade do Século XX, em busca de suas orquídeas. Certamente, em muito já se alterou este magnífico tesouro, desde então. Mas, ainda se podem notar algumas atraentes espécies rupícolas (que vegetam sobre rochas)


Acima – Philodendron bipinnatifidum (Araceae) desponta como elemento notável, sobre os matacões rochosos da Costeira de Zimbros
Abaixo – Cactáceas, como Lepismium cf. cruciforme, adaptam-se maravilhosamente bem ao ambiente criado por estas imensas pedras roladas, associando-se a bromélias como Aechmea nudicaulis. Outrora, grandes populações da orquídea Cattleya intermedia habitaram o topo dessas rochas, até na Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), sendo em grande parte coletadas, para suprir o comércio de plantas, ainda no Século XX



Acima – Em nossa busca por orquídeas, deparamos com raros exemplares de Cattleya intermedia, como este da foto, pejado de cicatrizes de Tentecoris (um inseto que lhes suga as folhas, causando manchas permanentes). Suas flores são vistosas e foram razão de sua coleta indiscriminada (foto abaixo – em cultivo pelo autor)



 A Seguir – As micropaisagens propiciadas pela abertura de luz, à beira do mar, na Costeira de Zimbros, fazem surgir belos arranjos de plantas, que ocupam árvores e rochas

Acima – A bromélia Aechmea nudicaulis

Acima – Cactáceas epifíticas tiram partido do suporte das arvoretas inclinadas sobre a praia, para vegetar esplendidamente, formando grandes caramanchões naturais

A Seguir – O interior das florestas baixas, mas densas, da Costeira de Zimbros também revela magníficos encontros com as plantas da floresta de transição subtropical

Acima – Allamanda cathartica (Apocynaceae), um arbusto muito nosso conhecido, nos jardins residenciais

Acima – Bomarea edulis (Alstroemeriaceae), outra joia jardinocultural, em seu ambiente natural, na floresta de Zimbros

Acima – Marantáceas de folhas musiformes e flores vistosas, como esta Stromanthe sp. (cf. S. tonckat) enfeitam o coração das florestas escuras, onde o calor do verão úmido de Santa Catarina se torna mais suportável

Acima – Heliconia velloziana (Heliconiaceae), que vínhamos encontrando, desde o litoral de São Paulo, no coração das florestas mais densas e úmidas, estava presente ali, ao longo dos riachos encachoeirados da Costeira de Zimbros

Acima – A bromélia Wittrockia superba, com suas características “unhas pintadas”, recobria grandes superfícies de rochas e troncos

Abaixo – Clareiras deixadas por velhos roçados traíam a presença humana na Costeira de Zimbros, mostrando as consequências do desequilíbrio causado por atividades danosas ao meio: pinheiros-americanos (Pinus elliottii) dominam o ambiente iluminado, impedindo a volta da mata nativa. Samambaias do gênero Sticherus (=Gleichenia, família Gleicheniaceae) recobrem áreas de solos degradados e resguardam a continuidade do domínio das coníferas importadas


A Seguir – As praias da Costeira de Zimbros, por representarem ambiente convidativo, mostram sinais de velhas e novas ocupações humanas

Acima – Antigo muro de pedra testemunha a ocupação pretérita da Praia Vermelha, na Costeira de Zimbros

Acima – Quem saboreia deliciosos mariscos, nos bares e restaurantes urbanos, deveria vir à Costeira de Zimbros, para encontros pitorescos como este, em que vemos a esposa de um cultivador desses deliciosos bivalves, a cozinhar e limpar os mexilhões que seu marido colhia, nos cultivos organizados.

Abaixo – Não é assim tão recente a presença de seres humanos, nesta região do litoral. Os mesmos paleoíndios, que produziam os sambaquis (ver postagens anteriores), afiavam seus instrumentos líticos em pedras como essa, à beira-mar, chamadas de “brunidores”.


A Seguir - Mais algumas paisagens, em escalas diversas, da Costeira de Zimbros, em Bombinhas, onde contemplação e história natural andam juntas



Acima - Habranthus robustus (= Zephyrantes robusta - família Amaryllidaceae), em meio à vegetação rasa da restinga litorânea, em Zimbros

Acima – Irany Ornellas é uma entusiasta de Bombinhas e de suas belezas naturais. Aos seus olhos, qualquer coisa pode revelar lindas fotos, que produz continuamente, publicando-as e ajudando a divulgar sua terra escolhida. Muito obrigado pela excepcional acolhida, Irany.