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UMA VISITA À ILHA GRANDE – RIO DE JANEIRO – JUNHO DE 2017

No dia 25 de junho de 2017 , partimos Cledson Barboza , Maurício Verboonen e eu, no rumo da Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro,...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ATRAVESSANDO A SERRA NEGRA, ACIMA DE RIO PRETO, EM MINAS GERAIS – JUNHO DE 2013

               No dia 04 de junho de 2013, atravessei mais uma vez a Serra da Mantiqueira, ao longo da extensa divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Desta vez, cheguei à cidade de Rio Preto, após acompanhar longamente o vale do rio Preto, vindo de Comendador Levy Gasparian, na margem da Rodovia BR040. A caminho de mais uma viagem ao Centro-Oeste, resolvera examinar ligeiramente a Serra Negra, que é uma seção local da Mantiqueira, onde existem curiosas paisagens de areias quartzosas relacionáveis aos campos de altitude do Sudeste.

               A Serra Negra se eleva de forma admirável, acima de Rio Preto, na região conhecida como Funil, que possui ligação estreita com a famosa Serra do Ibitipoca, mais ao norte. Toda sua flora remete àquela região, na qual se encontra o Parque Estadual do Ibitipoca. Sua cumeada ultrapassa de longe os 1.200-1.300m, mas meu interesse maior eram os areais que “escorrem” pelas encostas, onde se formam vegetações de índole campestre, muito ricas em sua flora.

               Mesmo a partir de um exame muito ligeiro, tive oportunidade de conferir a natureza desses ambientes singulares, que são formados pela decomposição terminal de velhos quartzitos, dos quais resultam extensas franjas de areias alvas, em meio às florestas estacionais semideciduais de altitude. A seguir, algumas imagens dos locais visitados e de suas plantas:

Acima – A orquídea Hoffmannseggella crispata vegeta em meio às alfombras de liquens e musgos, tirando partido da forte luminosidade, que banha os areais da Serra Negra

Acima – Grandes elevações da Serra Negra, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, ao fundo. Em primeiro plano, uma população de candeias (Eremanthus erythropappus – família Asteraceae) e, em segundo plano, uma escarpa de quartzito, em fase de decomposição erosiva


Adiante – Algumas paisagens de areias quartzosas, que sugerem ações humanas, mas representam feições primitivas, que abrigam flora muito rica e singular, graças à farta iluminação, que beneficia orquídeas, bromélias, cactáceas e muitas outras preciosidades botânicas







Abaixo – Sob as lapas de quartzito, que formam grutas naturais, vegetam plantas delicadas como eriocauláceas, begoniáceas, gesneriáceas e orquidáceas, além de musgos e líquens diversos.




Acima – Sinningia tuberosa (família Gesneriaceae) ocupa as festas úmidas do quartzito, por onde gotejam águas eternas


Adiante – Elegantes cactáceas Arthrocereus melanurus são marca característica da paisagem da Serra Negra. Seus cladódios colunares se erguem de modo singular, em meio à brenha dos scrubs altitudinais






A SeguirAbutilon sp. (família Malvaceae)



Acima - Companhia para minhas andanças solitárias





2 comentários:

  1. Olá Amigo, moramos tão proximos porém não nos vemos com frequência. Estamos com saudades de voces.
    Ficamos felizes por ver seu maravilhoso trabalho de pesquisa em Serra Negra.
    Abraços,
    Tânia e Pedro

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    1. Salve, amigos. Esse trabalho avança, passo a passo, lugar por lugar. Sou incorrigível amante de nossas paisagens e jamais esqueço o tempo maravilhoso que passamos na Posse (Petrópolis), entre bons amigos, que nos puseram para frente, com todo seu carinho. Sim, vamos dar um jeito de nos ver, entre uma expedição e outra. Abraços

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