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UMA VISITA À ILHA GRANDE – RIO DE JANEIRO – JUNHO DE 2017

No dia 25 de junho de 2017 , partimos Cledson Barboza , Maurício Verboonen e eu, no rumo da Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro,...

sábado, 6 de agosto de 2016

DO CHILE, A VOLTA À ARGENTINA – VILLA LA ANGOSTURA – JANEIRO DE 2008

Depois da visita ao Sul do Chile (ver postagens anteriores), durante a expedição de janeiro de 2008, começamos a retornar à Argentina, retornando pelo eixo que liga Osorno a Bariloche, através da Cordilheira dos Andes. Atravessamos a barreira andina por paisagens altomontanas, da ordem de 1.200m, por entre florestas muito características, dominadas por fagáceas típicas de grandes altitudes, que ainda exibiam, no alto verão, pequenos fragmentos de neves, acumuladas nos meses mais frios.

Essas florestas de grande altitude apresentam predomínio de espécies decíduas (que perdem suas folhas, durante os meses mais frios), bem adaptadas à neve. Mas, curiosamente, ainda subsistem grandes populações de fagáceas (especialmente) com folhas persistentes, o que parece demonstrar adaptação recente, em tempo geológico. Lembremos que a Cordilheira dos Andes é relativamente recente, ao menos em termos geológicos e evolutivos, remontando cerca de cem milhões de anos, desde o início de seu soerguimento.

Porém, este tempo geológico foi suficiente para consagrar o surgimento e consolidação de algumas dessas fagáceas (gênero Nothofagus) com forte deciduidade. Na nossa passagem essas belas árvores se encontravam verdes, com aspecto pujante. Mas, no outono, algumas dessas populações de árvores se mostram tingidas de vermelho, perdendo depois suas folhas, tal como ocorre nas áreas temperadas da Europa e América do Norte.

Grandes lagos, situados em cotas diferentes entre si, como é típico dos Andes, marcam a paisagem deslumbrante deste trecho. Chegamos até a charmosa cidade de Villa La Angostura, na margem do imenso Lago Nahuel Huapi, que se estende da base dos Andes, até a cidade turística de Bariloche, mais a leste e na antessala do Planalto Central da Argentina. Villa La Angostura está na cota dos 800m e representa importante polo turístico argentino, assim como San Martin de Los Andes, que visitáramos ao início da jornada, mais ao norte (ver postagem).

Villa La Angostura é uma daquelas joias turísticas, que fazem lembrar algo entre o estilo alpino europeu e as pequenas cidades das Montanhas Rochosas, nos USA. Guarda marcas de interessantes movimentos arquitetônicos do meio do Século XX, num clima bastante bucólico. Alguns anos depois de nossa passagem pelo local, Villa La Angostura foi quase arrasada pelas cinzas do Vulcão Puyehue, no Chile, em junho de 2011.

Veja a seguir a galeria de imagens sobre este trecho da expedição de 2008:

A Seguir – Esplêndidos cenários andinos marcam a passagem entre o Chile e a Argentina, com as célebres neves eternas, nos altos cumes da Cordilheira e os imensos lagos azuis





Adiante - Aspectos das florestas altomontanas da Cordilheira, com populações agrupadas de algumas importantes fagáceas, como Nothofagus betuloides, N. pumilio, N. Antarctica e N. nervosa




Acima – Depois da violenta erupção do Vulcão Puyehue (Chile), em junho de 2011, essas florestas de altitude foram severamente impactadas pela chuva de cinzas, que cobriu vastamente a região (foto – Blog Tia Hello - internet)

Adiante – Paisagens das cercanias de Villa La Angostura, na Argentina, à margem do Lago Nahuel Huapi, com densas florestas de coíhues (Nothofagus dombeyi), uma das mais notáveis árvores da família Fagaceae






A Seguir – Belo exemplo da arquitetura de Villa La Angostura: Capilla (capela) Virgen de La Asuncion, toda em madeira nativa e pedra, de autoria do Arquiteto Alejandro Bustillo, construída em 1936






Acima – Imagem do Vulcão Puyehue em erupção, em junho de 2011, tomada de San Martin de Los Andes, que quase destruiu Villa La Angostura (Abaixo), com as chuvas de cinzas. A primeira delas durou 12 horas e precipitou cinzas e pedra pome, fazendo ruir edificações (imagens da Agência Reutters – internet)


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