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terça-feira, 24 de abril de 2012

ATRAVESSANDO A CAATINGA PERNAMBUCANA, ATÉ O PIAUÍ

                Texto revisado em dezembro de 2024
               


                A paisagem se transforma radicalmente, depois que se cruza o Velho Chico, entre Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. Desaparecem por completo as palmeiras-licuri e se mergulha, em definitivo, na mais típica caatinga nordestina. As cactáceas são numerosas e bem notáveis, capitaneadas pelo mandacaru (Cereus jamacaru). Formam marcos de escultura singular, em meio a um intrincado simplesmente impenetrável de árvores tão retorcidas quanto espinhentas. Nada, nada mesmo fará qualquer um de nós adentrar esta vegetação inóspita, sem muita proteção. Não se pode caminhar um metro sequer, sem que as galhadas angustas nos cortem a roupa e a pele.

               A despeito de seu aspecto agressivo e pouco – nada – convidativo, a Caatinga, de modo geral, é de grande riqueza florística e nos brinda com cenários surreais, tais como os que podem ser apreciados nas imagens que postei, a seguir. Desnecessário comentá-las, em detalhes, pois elas falam por si somente. Apenas chamo atenção para suas cores e formas, além da sensação de isolamento que temos, ao cruzar a região, adentrando o Piauí, no rumo de São Raimundo Nonato, para onde segui, com objetivo de conhecer a famosa Serra da Capivara.

               Foram 400km, através de montanhas isoladas, no dia 21 de abril, até chegar à pequena São Raimundo Nonato, no sul do Piauí, onde a seca também vinha causando problemas muito sérios. Na próxima postagem, vou contar minha passagem pela admirável Serra da Capivara, experiência inesquecível, sob todos os aspectos. Até lá. 



















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