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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

NOVA EXCURSÃO AOS ARENITOS DO SUL DE MATO GROSSO – OUTUBRO DE 2018


Gavião-de-cauda-branca (Geranoaetus albicaudatus) sobrevoando os arenitos de Poxoréo, Mato Grosso
Na sequência das atividades ligadas à minha recente viagem ao Centro-Oeste (ver postagens imediatamente anteriores), realizei nova excursão pelas paisagens de arenitos ligados ao Planalto dos Alcantilados, na região sul do Mato Grosso, entre Rondonópolis e Primavera do Leste. Essa região ainda guarda importantes fragmentos de cerrados rupestres e afloramentos de arenito, tendo como eixo principal a rodovia MT130, que conheci nos anos 1980, ainda então um caminho precário de terra, somente enfrentado com veículos fora-de-estrada.

Meu objetivo principal, nesta ligeira excursão, era tentar mais uma vez achar as bromélias Dyckia rondonopolitana em flores, que imaginava ser a oportunidade exata. Havia tempo que tentava flagrá-las com suas inflorescências, de forma a observar seu padrão reprodutivo. Desta vez, consegui encontrar plantas floridas, além de observar outros aspectos das paisagens rochosas ao redor. 

Sobre visitas anteriores a essa região, pode ser conferido na postagem visita ao habitat de bromélias do gênero Dyckia - 2016 (Vamos aos comentários, nas imagens a seguir:

A seguir – Aspectos dos arenitos da região sul do Mato Grosso, que são morros-testemunho de imensos processos erosivos entre o final do Terciário e do Quaternário inferior e abrigam notáveis populações refugiadas de bromélias do gênero Dyckia, num mapa quase indesvendável de biodiversidade

Acima – o famoso Morro da Mesa, que domina a paisagem da localidade de Poxoréo. Estas mesas e mesetas, em forma de tepuis, nada mais são que restos de pretéritos planaltos, que marcaram a paisagem Terciária do Brasil Central. Sobre esses soberbos platôs, surgiu a vegetação que originou o Cerrado, em nossos dias





Acima – lindo arbusto de Heteropterys birsonimifolia (família Malpighiaceae), em flores, próximo a Poxoréo

Adiante – Aspectos do florescimento de Dyckia rondonopolitana, cujo habitat é extremamente exíguo, sendo conhecidos poucos fragmentos, na região do Planalto dos Alcantilados, segundo o naturalista Walter M. Kranz, que os vem estudando, no extenso corredor migratório entre o Mato Grosso do Sul e o Pará, atravessando MT e GO. 
Embora o padrão de florescimento dessas plantas possa variar sobremaneira, em face de variações climáticas plurianuais, suas inflorescências não se mostravam abundantes como imaginara antes, revelando estreito gradiente microclimático e edáfico a governar seus estímulos reprodutivos. Talvez advenha daí sua referida raridade na natureza









Acima – o gavião-de-cauda-branca ou gavião-de-rabo-branco é atacado por pequeno pássaro, que lhe tentava afastar de seu território de nidificação



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