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UMA VISITA À ILHA GRANDE – RIO DE JANEIRO – JUNHO DE 2017

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domingo, 15 de abril de 2012

GRÃO MOGOL – VALE DO JEQUITINHONHA

               O Vale do Jequitinhonha já foi referido como região muito pobre, mas isso parece povoar hoje, muito mais, o imaginário equivocado de quem não atravessa essa admirável vastidão do Norte de Minas. O que encontrei ali, nos dias de hoje, foi um vibrante embate entre o progresso e a necessidade de seu povo de preservar sua cultura de séculos, sua natureza, enfim. Cheguei a Grão Mogol, no dia 12 de abril, vindo de Unaí, do outro lado do São Francisco (ver postagem anterior), permanecendo ali até a manhã do dia 15, quando parti, acompanhando o Vale do Jequitinhonha, até a Bahia. Sobre a pequena Grão Mogol, somente algumas imagens selecionadas poderão mostrar um pouco do que eu vi por lá.
A Seguir - Cactáceas abundam, nos cerrados e campos rupestres de Grão Mogol. Foi criado um Parque Estadual, que deverá proteger sua flora imensamente diversificada e com notáveis endemismos, que muito significam para a Fitogeografia.




A Seguir - A paisagem regional é estonteante, situando-se na zona de tensão entre o Cerrado, a Mata Atlântica e o Nordeste Semiárido. Há um pouco de cada modelado de relevo por ali, desde montanhas convexas, até feições residuais, com restos de cimeiras planas. Os campos rupestres são mosaicos de vegetações arbustivas, arbóreas e campestres e têm merecido especial atenção, em nossos estudos.




A Seguir - Algumas das atrações mais marcantes, em Grão Mogol, são os minicânions do rio Itacambiruçu ou Itacambiraçu, afluente do Jequitinhonha. Uma visita a essas estranhas paisagens revelará a natureza geológica/geomorfológica de toda a região, congregando arenitos muito vermelhos e friáveis aos quartzitos duros e escuros, relacionados à velha Cadeia do Espinhaço. As formas são curiosas e atraentes, resultados de longos processos erosivos.


A Seguir - Meu guia Paulo Henrique Silva, dublê de biker e ambientalista (que, afinal, são uma só coisa!), posa junto a uma bela população de orquídeas do gênero Cyrtopodium, nos campos rupestres. Suas lindas flores podem ser vistas numa outra imagem. Muitas são as cores e flores de Grão Mogol.







A Segir - Ponto alto da arquitetura local é a Matriz de Santo Antônio, uma bela igreja do Século XVIII, que já foi toda coberta por reboco. Ao ser restaurada, decidiu-se, acertadamente, revelar sua estrutura em pedras-são-tomé, habilmente dispostas, por mãos escravas. A cidade inteira, aliás, vem buscando processo similar, assumindo a beleza de seus materiais primários. O interior da Matriz vale uma visita cuidadosa, pois exibe madeiramentos preciosos, criativamente estruturados e adequados ao clima regional.







Deixei Grão Mogol com um gosto de vontade de retornar. Adeus e até breve, meus amigos do Vale do Jequitinhonha.
















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